Criminosos direcionam ataques de vishing para empresas brasileiras
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Laboratorio revela que golpistas utilizam técnicas sofisticadas ilegais de engenharia social para obter acesso inicial a organizações corporativas.
A ISH Tecnologia emite um relatório a fim de alertar as empresas brasileiras sobre a nova onda de ataques de vishing, ou phishing por voz, que tem atingido as companhias no país. A empresa revela que os cibercriminosos utilizam chamadas telefônicas fraudulentas para enganar vítimas e convencê-las a divulgar informações sensíveis ou a realizar ações que comprometam a segurança das instituições.
O vishing, diferente do método tradicional de ataque (phishing), utiliza golpes verbais para induzir as vítimas a fazer ações que elas acreditam ser de seu interesse. A equipe de Inteligência de Ameaças da ISH apurou que uma técnica comum utilizada pelos atores de ameaça é se passar por funcionários do departamento de tecnologia ou suporte da empresa. Nessa prática criminosa, os agentes maliciosos criam condições para que os alvos desavisados forneçam de maneira voluntária dados confidenciais e acesso a dispositivos de organizações corporativas.
Desse modo, a fim de garantir o sucesso nas operações de vishing, os golpistas exploram alguns comportamentos e fraquezas dos funcionários das organizações corporativas, como, por exemplo:
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Autoridade – O agente malicioso se apresenta como uma pessoa de autoridade dentro da organização.
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Intimidação – Um ator de ameaça cria uma situação de intimidação para que a vítima divulgue informações, como, por exemplo, uma secretária ligando em nome do CEO da organização solicitando informações.
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Consenso ou prova social – As pessoas estão normalmente dispostas a gostar de coisas ou fazer algo. Com isso, os atores criam sites falsos para entrega de artefatos ou compra de objetos inexistentes.
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Escassez – Aqui, o ator de ameaça utiliza o sentimento de urgência no processo de tomada de decisão. Ele visa controlar as informações fornecidas e coletadas da vítima.
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Urgência – Os criminosos utilizam uma situação na organização para que a vítima aja com urgência na tomada de decisão (um exemplo claro disso é o pagamento de resgate de ransomwares).
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Confiança – Os golpistas constroem um relacionamento de confiança com as vítimas e, consequentemente, explorar essa confiança para coletar informações.
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Ambição – Muitas pessoas, por natureza, possuem ambição. Com isso, os atores exploram esse comportamento. Eles oferecem algo de valor em troca de informações e apelam para a ganância da vítima.
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